Nas duas últimas décadas, a prática de o Estado alienar o uso da força transformou as companhias militares privadas em matriz de poder político. A delegação da coerção a atores privados atende, paradoxalmente, ao propósito de fortalecer a capacidade de defesa e projeção externa de alguns países. No âmbito multilateral, iniciativas de manutenção da paz e de assistência humanitária se tornaram tributárias do planejamento dessas entidades. O fenômeno da privatização do uso da força repercute sobre os interesses do Brasil, cuja ação diplomática se orienta pela administração responsável dos instrumentos coercitivos internacionais. O livro também analisa as implicações desse fenômeno para o Direito Internacional Humanitário, visto que a atribuição de funções militares a atores não-estatais afeta um de seus axiomas fundamentais: a distinção entre vivis e combatentes.
Detalhes
Autor(a)
Marcio Fagundes do Nascimento
Editora
FUNAG - Fundação Alexandre de Gusmão
Assunto
Força Militar - Privatização | Poder Militar | Título