Este portal apresenta a história administrativa dos postos diplomáticos (embaixadas e legações) e as respectivas listas de chefias efetivas até dezembro de 2020. Não são abrangidos postos consulares e missões junto a organismos internacionais e tampouco consideradas encarregaturas de negócios durante as ausências temporárias dos titulares dos postos, como férias, chamadas a serviço e licenças médicas. Buscou-se apresentar as datas de assunção e saída dos postos, mas a maioria das referências de 1822 a 1890 indica as dos decretos de nomeação e remoção.
Muitas legações e embaixadas foram abertas e representantes nomeados, mas de maneira cumulativa a outros postos. Por não serem posto permanente, em muitos casos não se nomeou encarregados de negócios para os interregnos de gestões. Um mesmo diplomata pode ocupar várias funções concomitantemente, particularmente na Itália (Turim, Florença, Nápoles e Sardenha) e nos principados alemães no século XIX. Esse caso era igualmente comum para o das repúblicas da América do Sul ("Nova Granada e Equador", "Nova Granada, Venezuela e Equador" e "Peru, Chile e Equador") e para Suécia/Dinamarca.
As informações sobre a abertura e o fechamento de postos foram compiladas inicialmente a partir do volume Missões diplomáticas e repartições consulares: criação, transformação e extinção. Legislação atualizada até 31 de dezembro de 1966, publicado pelo Itamaraty em 1968. Foram realizadas várias correções com base em pesquisas nos relatórios anuais do órgão e nos arquivos do Rio de Janeiro e de Brasília, além de suplementação de todas as informações do período que vai de 1967 a 2020.
Para os dados referentes às chefias de postos, primeiro foram agregadas cinco fontes distintas: a) a listagem de Raul Adalberto de Campos (publicada em livro em 1913); b) a do Visconde de Ourém (depositada no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro); c) a da pasta dos Negócios Estrangeiros depositada no Arquivo Nacional; d) os almanaques e anuários de pessoal; e) e a confeccionada em 2015 pelo então Departamento de Comunicações e Documentação (DCD) do Itamaraty.
O passo seguinte foi a identificação das centenas de lacunas, contradições e erros. Com base nesse trabalho, organizou-se uma estratégia de pesquisa nos arquivos do Itamaraty no Rio de Janeiro e em Brasília. Foram consultados centenas de volumes, maços e rolos de microfilme de diversos fundos.
Os detalhes do processo de pesquisa e das escolhas metodológicas estão disponíveis no volume Legações e embaixadas do Brasil (1808-2020), disponível gratuitamente na Biblioteca Digital da Fundação Alexandre de Gusmão.
Toda a base de dados está disponível aqui.
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