Nas duas últimas décadas, a prática de o Estado alienar o uso da força transformou as companhias militares privadas em matriz de poder político. A delegação da coerção a atores privados atende, paradoxalmente, ao propósito de fortalecer a capacidade de defesa e projeção externa de alguns países. No âmbito multilateral, iniciativas de manutenção da paz e de assistência humanitária se tornaram tributárias do planejamento dessas entidades. O fenômeno da privatização do uso da força repercute sobre os interesses do Brasil, cuja ação diplomática se orienta pela administração responsável dos instrumentos coercitivos internacionais. O livro também analisa as implicações desse fenômeno para o Direito Internacional Humanitário, visto que a atribuição de funções militares a atores não-estatais afeta um de seus axiomas fundamentais: a distinção entre vivis e combatentes.
Autor(a) | Marcio Fagundes do Nascimento |
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Editora | FUNAG - Fundação Alexandre de Gusmão |
Assunto | Força Militar - Privatização | Poder Militar | Título |
Ano | 2010 |
Edição | 1ª Edição |
Nº páginas | 202 |
Idioma | Português |
ISBN | 978-85-7631-211-6 |