Topônimos e gentílicos

De Manual de Revisão da FUNAG
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Manual de redação oficial e diplomática do Itamaraty


Diversos são os sufixos de que dispõe a língua portuguesa para a formação dos substantivos e adjetivos gentílicos. São exemplos: “–ano” (como em, por exemplo, “moçambicano”), “–ão” (como em “afegão”), “–enho” (“panamenho”), “–ense” (“singapurense”), “–ês” (“neozelandês”), “–ino” (“argentino”), “–ita”(“iemenita”), “–ol” (“mongol”), “–ota” (“cipriota”).

Assim, é comum que a um mesmo topônimo correspondam em português múltiplas formas gentílicas dicionarizadas. Para a República do Mali, por exemplo, dicionários registram como válidas as formas “malinês”, “malinense”, “malense”, “malês” e “maliano” – sendo esta última, porém, praticamente a única com efetivo uso corrente. A abundância de formas constantes de vocabulários e dicionários não implica a existência do mesmo número de formas em uso prático e corrente. A rigor, independentemente dos registros, uma única forma acaba por consolidar-se no uso geral da língua – o mesmo processo, aliás, pelo qual passou o gentílico “brasileiro”, antes de suplantar as até hoje registradas “brasilense”, “brasiliense”, “brasiliano”, “brasílico”, “brasilíada”, “brasílio” e “brasil”.

Neste trabalho de consolidação, procurou-se apresentar uma lista de viés pragmático, que indica, em vez de todas as formas existentes, apenas uma forma recomendável (com algumas poucas exceções), com base no número de registros em enciclopédias, dicionários e vocabulários brasileiros e de demais países lusófonos, no uso em meios de comunicação e organismos internacionais. Em relação aos gentílicos apresentados para países africanos, foi dada preferência às formas amplamente usadas nos países lusófonos africanos, mesmo quando divergiam das formas preferidas por dicionaristas brasileiros e portugueses (é o caso, por exemplo, de “burundês”, praticamente a única forma usada nos países lusófonos africanos, onde de fato se escreve com frequência sobre o Burundi, mas ignorada por vocabulários brasileiros e portugueses, que trazem, porém, numerosas formas de limitado uso, como *burundiano, *burundinês e *burúndio).

Topônimos e gentílicos do Brasil e dos demais países de língua portuguesa


O Comitê de Nomes Geográficos (CNGEO), que integra a Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR), tem por função promover a padronização de nomes geográficos dentro do território da República Federativa do Brasil, assim como dos nomes estrangeiros que serão inseridos em produtos cartográficos nacionais. Em cooperação com outras instituições federais, governos estaduais ou municipais, promove ações objetivando a revisão de nomes para posterior padronização. Cabe ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) manter um Banco de Nomes Geográficos do Brasil (BNGB) que pode ser consultado na página daquele instituto.

Para topônimos e gentílicos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, dever-se-á seguir o uso oficialmente feito nos próprios países – sirva de exemplo Kwanza, nome de rio de Angola, de duas províncias do país (Kwanza Norte e Kwanza Sul) e da moeda do país (nesse caso, com minúscula, como os demais nomes de moedas: As transações poderão ser feitas em escudos, euros, francos, kwanzas, meticais ou reais.

A Guiné-Bissau e Timor-Leste mantiveram os hifens em seus nomes, tendo sido exceções admitidas à regra do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa sobre limitação do uso do hífen a casos especiais de topônimos compostos (“os iniciados pelo adjetivo grã, grão, ou por forma verbal, ou cujos elementos estejam ligados por artigo”) e consequente abolição nos demais casos, como Antígua e Barbuda, Papua Nova Guiné, São Vicente e Granadinas, etc. Também o emprego ou não de artigo definido com nomes de cidades, estados e países lusófonos deverá seguir o uso oficial local. Nos casos de países, portanto, usam-se, com artigo, os nomes do Brasil, da Guiné-Bissau e da Guiné Equatorial; e, sem artigo, Angola, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (“em Timor-Leste”, “de Timor-Leste”, não “do”, “no”).

Dos estados brasileiros, usam-se com artigo definido: o Acre, o Amapá, o Amazonas, a Bahia, o Ceará, o Espírito Santo, o Maranhão, o Pará, a Paraíba, o Paraná, o Piauí, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul, o Tocantins. Usam-se sem artigo: Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.



Lista de topônimos e gentílicos em português
Forma breve Nome oficial Capital Gentílico Nota
o Afeganistão a República Islâmica do Afeganistão Cabul afegão 1
a África do Sul a República da África do Sul Pretória (executiva), Cidade do Cabo (legislativa), Bloemfontein (judiciária) sul-africano 2
a Albânia a República da Albânia Tirana albanês
a Alemanha a República Federal da Alemanha Berlim alemão 3
Andorra o Principado de Andorra Andorra-a-Velha andorrano
Angola a República de Angola Luanda angolano 4
Antígua e Barbuda Antígua e Barbuda Saint John's antiguano
a Arábia Saudita o Reino da Arábia Saudita Riade saudita
a Argélia a República Argelina Democrática e Popular Argel argelino 5
a Argentina a República Argentina Buenos Aires argentino 6
a Armênia a República da Armênia Ierevan armênio
a Austrália a Comunidade da Austrália Camberra australiano
a Áustria a República da Áustria Viena austríaco
o Azerbaijão a República do Azerbaijão Baku azerbaijano
as Bahamas a Comunidade das Bahamas Nassau bahamense
o Bangladesh a República Popular do Bangladesh Daca bangladense ou bangladês 7
Barbados Barbados Bridgetown barbadiano
a Belarus a República da Belarus Minsk belarusso 8
a Bélgica o Reino da Bélgica Bruxelas belga 9
Belize Belize Belmopan belizenho
o Benim a República do Benim Porto Novo (oficial), Cotonou (sede do governo) beninês 10
a Bolívia o Estado Plurinacional da Bolívia La Paz (de facto), Sucre (constitucional) boliviano 11
a Bósnia a Bósnia e Herzegovina Sarajevo [pronúncia: Saraiêvo] bósnio 12
o Botsuana a República do Botsuana Gaborone botsuanês
o Brasil a República Federativa do Brasil Brasília brasileiro
o Brunei o Brunei Darussalam Bandar Seri Begawan bruneíno
a Bulgária a República da Bulgária Sófia búlgaro
o Burkina Faso o Burkina Faso Uagadugu burkinabé ou burkinense
o Burundi a República do Burundi [pronúncia: Burúndi] Gitega [pronúncia: Guitéga] burundês 13
o Butão o Reino do Butão Thimphu [pronúncia: Timpú] butanês
Cabo Verde a República de Cabo Verde Praia cabo-verdiano 14
o Camboja o Reino do Camboja Phnom Penh [pronúncia: Pnom Pen] cambojano
o Cameroun a República do Cameroun [pronúncia: Camerún] Iaundê camerounês
o Canadá o Canadá Ottawa canadense 15
o Catar o Estado do Catar Doha catariano
o Cazaquistão a República do Cazaquistão Astana cazaque
o Chade a República do Chade N'Djamena chadiano
o Chile a República do Chile Santiago chileno 16
a China a República Popular da China Pequim chinês 17
Chipre a República de Chipre Nicósia cipriota 18
a Colômbia a República da Colômbia Bogotá colombiano 19
as Comores a União das Comores Moroni comoriano
o Congo Brazzaville ou a República do Congo a República do Congo Brazzaville congolês 20
o Congo Kinshasa ou a RDC a República Democrática do Congo Kinshasa congolês ou democrático-congolês 21
a Coreia do Norte a República Popular Democrática da Coreia Pyongyang norte-coreano 22
a Coreia do Sul a República da Coreia Seul sul-coreano 22
a Costa do Marfim ou a Côte d'Ivoire a República da Côte d'Ivoire ou a República da Côte d'Ivoire (Costa do Marfim) Yamoussoukro (oficial), Abidjã (de facto) marfinense oucosta-marfinense 23
a Costa Rica a República da Costa Rica São José costa-ricense ou costa-riquense
a Croácia a República da Croácia Zagreb croata
Cuba a República de Cuba Havana cubano
a Dinamarca o Reino da Dinamarca Copenhague dinamarquês 24
o Djibouti a República do Djibouti [pronúncia: Djibutí] Djibouti djiboutiano
a Dominica a Comunidade da Dominica Roseau [pronúncia: Rozô ] dominiquense
o Egito a República Árabe do Egito Cairo egípcio
El Salvador a República de El Salvador São Salvador salvadorenho
os Emirados Árabes os Emirados Árabes Unidos Abu Dhabi emirático 25
o Equador a República do Equador Quito equatoriano
a Eritreia o Estado da Eritreia Asmara eritreu 26
a Eslováquia a República Eslovaca Bratislava eslovaco
a Eslovênia a República da Eslovênia Liubliana esloveno
a Espanha o Reino da Espanha Madri espanhol
Essuatíni Reino de Essuatíni Mbabane essuatiniano 27
os Estados Unidos ou os EUA os Estados Unidos da América Washington estadunidense ou norte-americano 28
a Estônia a República da Estônia Talin estoniano
a Etiópia a República Democrática Federal da Etiópia Adis Abeba etíope 29
Fiji a República de Fiji Suva fijiano
as Filipinas a República das Filipinas Manila filipino
a Finlândia a República da Finlândia Helsinque finlandês
a França a República Francesa Paris francês 30
o Gabão a República Gabonesa Libreville gabonês
a Gâmbia a República da Gâmbia Banjul gambiano
Gana a República de Gana Acra ganês ou ganense 31
a Geórgia a Geórgia Tbilisi georgiano 32
Granada Granada Saint George's granadino
a Grécia a República Helênica Atenas grego
a Guatemala a República da Guatemala Cidade da Guatemala guatemalteco
a Guiana [pronúncia: Guyana] a República Cooperativa da Guiana Georgetown guianês
a Guiné-Bissau a República da Guiné-Bissau Bissau guineense ou bissau-guineense 33
a Guiné Conacri ou a República da Guiné a República da Guiné Conacri guineano ou conacri-guineano 34
a Guiné Equatorial a República da Guiné Equatorial Malabo equato-guineense 35
o Haiti a República do Haiti Porto Príncipe haitiano
Honduras a República de Honduras Tegucigalpa hondurenho 36
a Hungria a Hungria Budapeste húngaro 37
o Iêmen a República do Iêmen Sanaa iemenita
as Ilhas Cook as Ilhas Cook Avarua cookiano
as Ilhas Marshall a República das Ilhas Marshall Majuro marshallês
as Ilhas Salomão as Ilhas Salomão Honiara salomonense
a Índia a República da Índia Nova Delhi indiano
a Indonésia a República da Indonésia Jacarta indonésio
o Irã a República Islâmica do Irã Teerã iraniano 38
o Iraque a República do Iraque Bagdá iraquiano
a Irlanda a Irlanda Dublin irlandês
a Islândia a Islândia Reykjavik islandês
Israel o Estado de Israel israelense 39
a Jamaica a Jamaica Kingston jamaicano
o Japão o Japão Tóquio japonês 40
a Jordânia o Reino Haxemita da Jordânia Amã jordaniano
Kiribati a República de Kiribati Tarawa kiribatiano
o Kuwait o Estado do Kuwait Cidade do Kuwait kuwaitiano
o Laos a República Democrática Popular do Laos Vientiane laosiano
o Lesoto o Reino do Lesoto Maseru lesotiano
a Letônia a República da Letônia Riga letão
o Líbano a República Libanesa Beirute libanês
a Libéria a República da Libéria Monróvia liberiano
a Líbia o Estado da Líbia Trípoli líbio 41
Liechtenstein o Principado de Liechtenstein Vaduz liechtensteiniano
a Lituânia a República da Lituânia Vilnius lituano
Luxemburgo o Grão-Ducado de Luxemburgo Luxemburgo luxemburguês
a Macedônia do Norte a República da Macedônia do Norte Skopje [pronúncia: Skópie] norte-macedônio
Madagascar a República do Madagascar Antananarivo madagascarense ou malgaxe
a Malásia a Malásia Kuala Lumpur malásio 42
o Malawi a República do Malawi [pronúncia: Maláui] Lilongwe [pronúncia: Lilôngüe] malawiano
as Maldivas a República das Maldivas Malé maldivo
o Mali a República do Mali Bamako maliano 43
Malta a República de Malta Valeta maltês
o Marrocos o Reino do Marrocos Rabat marroquino
Maurício a República de Maurício Port Louis mauriciano
a Mauritânia a República Islâmica da Mauritânia Nouakchott mauritano
o México os Estados Unidos Mexicanos Cidade do México mexicano 44
a Micronésia os Estados Federados da Micronésia Palikir micronésio
Moçambique a República de Moçambique Maputo moçambicano
a Moldova a República da Moldova Chisinau [pronúncia: Kishináu] moldovo 45
Mônaco o Principado de Mônaco Mônaco monegasco
a Mongólia a Mongólia Ulan Bator mongol
Montenegro Montenegro Podgorica [pronúncia: Podgoritza] montenegrino 46
Myanmar a República da União de Myanmar Nay Pyi Taw (oficial), Yangon (sede das embaixadas) myanmarense 47
a Namíbia a República da Namíbia Windhoek [pronúncia: Vindúk] namibiano
Nauru a República de Nauru Yaren nauruano 48
o Nepal a República Democrática Federal do Nepal Katmandu nepalês
a Nicarágua a República da Nicarágua Manágua nicaraguense
o Níger a República do Níger Niamey nigerino
a Nigéria a República Federal da Nigéria Abuja nigeriano 49
Niue Niue Alofi niuiano
a Noruega o Reino da Noruega Oslo norueguês
a Nova Zelândia a Nova Zelândia Wellington neozelandês 50
Omã o Sultanato de Omã Mascate omani
os Países Baixos o Reino dos Países Baixos Amsterdã (oficial), Haia (de facto) neerlandês 51
Palau a República de Palau Melekeok palauano
a Palestina o Estado da Palestina Jerusalém Oriental palestino 52
o Panamá a República do Panamá Cidade do Panamá panamenho
a Papua Nova Guiné o Estado Independente da Papua Nova Guiné Port Moresby papua ou papuásio
o Paquistão a República Islâmica do Paquistão Islamabad paquistanês 53
o Paraguai a República do Paraguai Assunção paraguaio 54
o Peru a República do Peru Lima peruano 55
a Polônia a República da Polônia Varsóvia polonês
Portugal a República Portuguesa Lisboa português
o Quênia a República do Quênia Nairóbi queniano
o Quirguistão a República Quirguiz Bishkek quirguiz
o Reino Unido o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte Londres britânico 56
a República Centro-Africana a República Centro-Africana Bangui centro-africano
a República Dominicana a República Dominicana São Domingos dominicano
a República Tcheca a República Tcheca Praga tcheco
a Romênia a Romênia Bucareste romeno
Ruanda a República de Ruanda Kigali ruandês 56
a Rússia a Federação da Rússia Moscou russo 57
a Samoa o Estado Independente da Samoa Apia samoano 58
Santa Lúcia Santa Lúcia Castries santa-lucense
São Cristóvão e Névis a Federação de São Cristóvão e Névis Basseterre são-cristovense
San Marino a República de San Marino San Marino samarinês
São Tomé e Príncipe a República Democrática de São Tomé e Príncipe São Tomé santomense
São Vicente e Granadinas São Vicente e Granadinas Kingstown são-vicentino
Seicheles a República de Seicheles Victoria seichelense
o Senegal a República do Senegal Dacar senegalês
a Sérvia a República da Sérvia Belgrado sérvio
Singapura a República de Singapura Singapura singapurense
a Síria a República Árabe da Síria Damasco sírio
a Somália a República Federal da Somália Mogadíscio somaliano, somali 59
o Sri Lanka a República Democrática Socialista do Sri Lanka Colombo, Kotte sri-lankês 60
o Sudão a República do Sudão Cartum sudanês
o Sudão do Sul a República do Sudão do Sul Juba sul-sudanês
a Suécia o Reino da Suécia Estocolmo sueco
a Suíça a Confederação Suíça Berna suíço 61
o Suriname a República do Suriname Paramaribo surinamês
o Tajiquistão a República do Tajiquistão Dushambe tajique
a Tailândia o Reino da Tailândia Bangkok tailandês
a Tanzânia a República Unida da Tanzânia Dodoma, Dar es Salaam tanzaniano 62
Timor-Leste a República Democrática de Timor-Leste Díli timorense 63
o Togo a República Togolesa Lomé togolês
Tonga o Reino de Tonga Nuku'alofa tonganês
Trinidad e Tobago a República de Trinidad e Tobago Port of Spain trinitário
a Tunísia a República da Tunísia Túnis tunisiano
o Turcomenistão o Turcomenistão Ashgabat turcomeno
a Turquia a República da Turquia Ancara turco
Tuvalu Tuvalu Funafuti tuvaluano 64
a Ucrânia a Ucrânia Kiev (Kyiv) ucraniano 65
o Uganda a República do Uganda Kampala ugandês
o Uruguai a República Oriental do Uruguai Montevidéu uruguaio 66
o Uzbequistão a República do Uzbequistão Tashkent uzbeque
Vanuatu a República de Vanuatu Port Vila vanuatuense 67
o Vaticano o Estado da Cidade do Vaticano Cidade do Vaticano vaticano 68
a Venezuela a República Bolivariana da Venezuela Caracas venezuelano
o Vietnã a República Socialista do Vietnã Hanói vietnamita
a Zâmbia a República da Zâmbia Lusaca zambiano
o Zimbábue a República do Zimbábue Harare zimbabueano

Notas

1. O gentílico referente ao Afeganistão é afegão (plural: afegãos; femininos: afegã, afegãs). O antigo gentílico “afegane” hoje se usa apenas para o nome da moeda do Afeganistão (portanto, apenas como substantivo). São línguas oficiais do Afeganistão o pastó e o persa dari.

2. Pretória é a capital administrativa, sede do Poder Executivo e das embaixadas estrangeiras; a Cidade do Cabo é a capital legislativa (sede do parlamento), e Bloemfontein, a capital judiciária. As províncias da África do Sul são: Cabo Ocidental; Cabo Oriental; Cabo Setentrional; Estado Livre; Gauteng; KwaZulu-Natal; Limpopo; Mpumalanga; Noroeste. O país tem 11 línguas oficiais: africanse (e também africâner), inglês, ndebele, sesoto, sesoto do norte, setsuana, suázi, tsonga,venda, xhosa e zulu.

3. Os estados da Alemanha são: Baden-Württemberg, Baixa Saxônia, Baviera, Berlim, Brandemburgo, Bremen, Hamburgo, Hessen, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Renânia do Norte-Westfália, Renânia-Palatinado, Sarre, Saxônia, Saxônia-Anhalt, Schleswig-Holstein e Turíngia. Devem-se aportuguesar, ainda, as regiões da Baviera: Alto Palatinado, Suábia, Alta Baviera, Baixa Baviera, Alta Francônia, Baixa Francônia e Média Francônia. Aportuguesar também: Berlim, Colônia,Hamburgo e Munique. Devem-se manter inalterados os demais topônimos, incluídos: Aachen, Bonn, Braunschweig, Bremen, Bielefeld, Chemnitz, Darmstadt, Dortmund, Duisburg, Düsseldorf, Essen, Frankfurt, Freiburg, Giessen, Hamelin, Hannover, Karlsruhe, Kassel, Leipzig, Lübeck, Lüneburg, Mainz, Magdeburg, Münster, Neubrandeburg, Nürnberg, Potsdam, Regensburg, Stuttgart, Trier, Wuppertal, etc.

4. O Acordo Ortográfico em vigor (1990) menciona especificamente o nome “Kwanza” como exemplo de palavra a ser escrita com as letras “k” e “w” em português. Kwanza Norte e Kwanza Sul são duas das onze províncias de Angola; a moeda de Angola é o kwanza (com inicial minúscula).

5. A capital da Arábia Saudita é Riade. A cidade de Gidá é por vezes chamada de “capital comercial” por ser o centro econômico do país, abrigar o principal porto saudita e o aeroporto que serve as cidades de Meca e Medina. As embaixadas estrangeiras na Arábia Saudita situavam-se em Gidá até 1984, tendo desde então sido transferidas para Riade.

6. As duas línguas oficiais da Argélia são o árabe e o amazigue (berbere). Com exceção da capital, Argel, usar todos os demais nomes de cidades na versão francesa:Constantine, Oran, etc.

7. De modo geral, o nome oficial a ser usado é “República Argentina”. O chefe de estado do país é oficialmente intitulado, porém, “presidente da Nação Argentina”.Os únicos nomes de cidade e província da Argentina que devem ser aportuguesados são Santa Fé e Rosário. Usar ainda em português os nomes “ilhas Malvinas” e os nomes das ilhas Geórgias do Sul e das ilhas Sandwich do Sul (por exemplo, na expressão “as ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes”).

8. A Bélgica é formalmente composta por três regiões: Bruxelas, Flandres e Valônia. A região de Flandres é composta pelas seguintes províncias: Antuérpia, Brabante Flamengo, Flandres Ocidental, Flandres Oriental e Limburgo. A Valônia é composta pelas seguintes províncias: Brabante, Valão, Hainaut, Liège, Luxemburgo e Namur. Quanto a cidades, devem-se aportuguesar os nomes de Antuérpia (em neerlandês, Antwerpen; em francês, Anvers), Bruges (em neerlandês, Brugge; em francês, Bruges), Bruxelas (em neerlandês, Brussel; em francês, Bruxelles). Nos demais casos, use-se o nome empregado localmente, seja em francês, seja em neerlandês (Gent, Liège, Leuven, Louvain-la-Neuve, Charleroi, Verviers, etc).

9. Porto-Novo é a capital oficial; Cotonou é a sede do governo e do corpo diplomático. Cotonou pronuncia-se “Cotonú”; Abomey pronuncia-se “Abomé”, e Ouidah pronuncia-se “Uidá”.

10. Após o fim da União Soviética, a antiga “República Socialista Soviética da Bielorrússia” tornou-se independente, sob o nome de República da Belarus (nome oxítono: a sílaba tônica é "–rus"). O gentílico é belarusso.

11. Sucre é a “capital constitucional”. La Paz (oficialmente: “Nuestra Señora de La Paz”; gentílico: pacenho) é a sede do governo. Nenhum topônimo deve ser aportuguesado – usem-se as formas locais: Cobija, Cochabamba, Guayaramerín, Puerto Quijarro, Santa Cruz de la Sierra, etc.

12. O “j” em geral pronuncia-se como “i”: Sarajevo pronuncia-se “Saraievo”. A terminação “-ica” pronuncia-se como “-itza”: Srebrenica pronuncia-se “Srebrenitza”.

13. O nome da capital usa-se, em Cabo Verde, com artigo: “...reunidos na cidade da Praia, capital de Cabo Verde...”); seu gentílico é “praiense”.

14. Em Portugal e nos demais países lusófonos, usa-se preferivelmente o gentílico “canadiano”, igualmente válido. O Canadá é composto por dez províncias e três territórios. A embaixada canadense em Brasília usa os seguintes nomes em português para as dez províncias canadenses: Alberta, Colúmbia Britânica, Manitoba, Novo Brunswick, Terra Nova e Labrador, Nova Escócia, Ontário, Ilha do Príncipe Eduardo, Quebec e Saskatchewan. Os três territórios são Nunavut, os Territórios do Noroeste e o Yukon. Não aportuguesar os nomes de cidades: Halifax, Montreal, Ottawa, Vancouver, Winnipeg, etc. Usar "Cidade do Quebec".

15. O Poder Legislativo chileno tem sede em Valparaíso.

16. Gentílico de Macau: macaense. Usar, nas formas tradicionais portuguesas, Cantão, Nanquim, Pequim, Tibete e Xangai – e, na forma tradicional inglesa, Hong Kong (sem hífen).

17. O nome do país não admite artigo em português. Diz-se: “República de Chipre”, “em Chipre”, “missão a Chipre”, “governo de Chipre”. Para a autoproclamada “República Turca do Norte de Chipre”, usar essa forma (“a autoproclamada 'República Turca do Norte de Chipre'“).

18. Gentílico de Bogotá: bogotano.

19. Pode-se excepcionalmente usar “o Congo” como forma abreviada (não oficial), desde que não haja risco de ambiguidade com o país vizinho de mesmo nome.

20. Pode-se usar, como forma abreviada (não oficial), “a Coreia”, e, como gentílico, “coreano”, desde que não haja risco de ambiguidade com o país vizinho.

21. Em 1983, oficializou-se a mudança da capital marfinense, de Abidjã para Yamoussoukro. A maioria das instituições governamentais e das embaixadas no país continua sediada em Abidjã. Em 1986, o governo do país pediu formalmente que todos os países passassem a empregar exclusivamente a forma em francês "Côte d'Ivoire" para se referir ao país. Em toda comunicação dirigida a autoridades do país, em notas verbais, em documentos oficiais, atos bilaterais, etc., use- se, portanto, a forma "a República da Côte d'Ivoire". Em comunicações dirigidas a brasileiros – inclusive no encaminhamento de textos de acordos ou de indicações de embaixadores ao Congresso Nacional, por exemplo –, em notas à imprensa, informações públicas, etc., é recomendável a forma "Côte d'Ivoire (Costa do Marfim)".

22. O Reino da Dinamarca inclui a Groenlândia (gentílico: groenlandês) e as Ilhas Féroe (gentílicos: feroês ou feroico). Outros nomes a aportuguesar são: Frísia, Jutlândia, Zelândia. Manter os demais nomes no original dinamarquês: Aarhus, Aalborg, Als (ilha), Ejsberg, Kolding, Odense, Vejle, etc.

23. Mbabane é a capital administrativa; Lobamba é a “capital legislativa e cerimonial”.

24. A rigor, “americano” é o gentílico de “América” ou “Américas”; “norte-americano”, o gentílico de “América do Norte”; e “estadunidense”, o gentílico de “Estados Unidos”. Quando o contexto não permite interpretações dúbias, podem-se usar as formas “americano” ou “norte-americano” com referência aos EUA. Para assegurar maior clareza, pode ser preferível ao uso de gentílicos o uso de locuções: “[o governo] dos Estados Unidos”, “dos EUA”, etc. Gentílico de Porto Rico: porto-riquenho; capital de Porto Rico: San Juan. Gentílico de Guam: guamês. Além de eventuais particularidades, como “South” para “do Sul”, “North” para “do Norte” e “New” para “Nova” (por exemplo: Dakota do Sul, Carolina do Norte, Nova York), aportuguesar apenas os nome dos seguintes estados: Alasca, Califórnia, Flórida, Havaí, Novo México, Pensilvânia, Virgínia e Virgínia Ocidental – além do Distrito de Colúmbia. Dos nomes de cidades, aportuguesar: Colúmbia, Filadélfia, Indianápolis, Santa Fé e São Francisco. Em todos os demais casos, usar as formas em inglês.

25. Embora não haja língua oficial, o amárico é a “língua de trabalho” do governo etíope. Usar a grafia Tigré (região) / tigré (nome do povo e de sua língua).

26. As Filipinas têm duas línguas oficiais, o inglês e o tagalo. O tagalo é também a “língua nacional”.

27. Reforma administrativa em 2015 estabeleceu que são dezessete as regiões da França: doze regiões na Europa e cinco regiões ultramarinas. As doze regiões na porção europeia da França são: 1) Alsácia, Champanhe-Ardenas e Lorena; 2) Aquitânia, Limousin e Poitou-Charentes; 3) Auvérnia e Ródano-Alpes; 4) Borgonha e Franco Condado; 5) Bretanha; 6) Centro-Vale do Loire; 7) Córsega; 8) Île-de-France; 9) Languedoc-Roussillon e Midi-Pireneus; 10) Normandia; 11) Norte-Pas-de- Calais e Picardia; 12) Provença-Alpes-Côte-d'Azur. As cinco regiões ultramarinas são Guadalupe, a Guiana Francesa (cuja capital é Caiena), a Martinica, Mayotte e a Reunião. A França tem, ainda, cinco coletividades ultramarinas: a Polinésia Francesa; São Bartolomeu; Saint-Pierre e Miquelon; Saint- Martin (na ilha caribenha de São Martinho); e Wallis e Futuna. A Nova Caledônia tem o status de “território sui generis da França”. Aportuguesar, ainda, os seguintes topônimos: Cherburgo, Estrasburgo, Mancha. Usar todos os demais topônimos nas formas francesas (mesmo os que tenham formas tradicionais portuguesas, hoje desusadas): Avignon, Nîmes, Octeville, Rouen, etc.

28. Nos demais países lusófonos, costuma-se usar com artigo: o Gana; do Gana; no Gana.

29. A capital da Geórgia é Tbilisi; o parlamento situa-se na cidade de Kutaisi. Para as regiões autônomas autoproclamadas independentes, usar estas formas: «a autoproclamada “República da Abcásia”»; «a autoproclamada “República da Ossétia do Sul”».

30. Para a moeda da Guatemala, usar, em português, quetzal.

31. Pode-se excepcionalmente usar “a Guiné” como forma abreviada (não oficial), desde que não haja risco de ambiguidade com relação às duas outras repúblicas de mesmo nome curto. O gentílico “guineense” também só pode ser usado quando não houver absolutamente nenhum risco de ambiguidade. Os habitantes da Guiné Equatorial são ditos “equato-guineenses”. Tradicionalmente, “guineense”, em português, é entendido como referente à Guiné-Bissau, país lusófono; quando necessário especificar que se trata deste país, e não da vizinha República da Guiné (Guiné Conacri), usa-se a forma “bissau-guineense”. Para se referir aos habitantes do país vizinho, os habitantes da Guiné-Bissau usam a forma “conacri-guineense”. Em caso de possível ambiguidade, devem-se usar locuções: “da Guiné-Bissau”, “da Guiné Conacri” (ou “da República da Guiné”), etc.

32. Segundo a constituição hondurenha, as cidades de Tegucigalpa e Comayagüela, juntas, formam o “Distrito Central”, e “[a]s cidades de Tegucigalpa e Comayagüela, conjuntamente, constituem a capital da República”. Os três Poderes têm sede em Tegucigalpa, razão pela qual apenas esta é comumente considerada “a capital de Honduras”.

33. A Hungria é dividida em sete regiões: Transdanúbia Ocidental, Transdanúbia Meridional, Transdanúbia Central, Hungria Central, Hungria Setentrional, Grande planície setentrional, Grande planície meridional.

34. A língua oficial do Irã é o persa (chamado, em persa, “farsi”).

35. Israel declarou Jerusalém "unificada" sua capital por meio de lei israelense de julho de 1980. A declaração foi considerada ilegal e a lei nula pela Resolução 478 (1980) do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os países representados por embaixadas em Israel as mantêm na área de Tel Aviv.

36. Dos topônimos japoneses, devem ser usados em versão aportuguesada apenas Tóquio, Nagoia e Quioto. Nos demais casos, usar a romanização oficial japonesa: Fuji, Fukushima, Hamamatsu, Hiroshima, Kobe, Nagasaki, Osaka, Yokohama, etc.

37. As três regiões da Líbia são a Cirenaica, a Fazânia e a Tripolitânia.

38. O gentílico malaio se refere à etnia, não à nacionalidade.

39. Kuala Lumpur é a capital oficial da Malásia; Putrajaya é a sede administrativa e capital judiciária.

40. A forma tradicional em português é oxítona – por essa razão, escrita sem acento. Ocorre com cada vez mais frequência a pronúncia paroxítona. Independentemente da pronúncia acolhida, recomenda-se, com vistas à padronização, o uso exclusivo, na escrita, da forma Mali.

41. Com exceção de “Cidade do México”, usar os nomes de todas as cidades e estados mexicanos na forma original, em espanhol.

42. A capital myanmarense foi oficialmente transferida de Yangon para Nay Pyi Taw em 2006. O gentílico “birmanês” refere-se à língua e à etnia majoritárias no país.

43. Para a etnia e língua referentes à Gagaúzia, usar gagauz (sem acento), plural gagaúzes. Usar as grafias Transnístria e Dniestre (nome do rio).

44. Podgorica (pronúncia: Podgoritza) é a capital de Montenegro; Cetinhe (pronúncia: Cetinhe) é considerada “capital histórica”.

45. Nauru não tem uma capital oficial. O país é dividido em 14 distritos administrativos. O governo fica sediado no distrito de Yaren.

46. Acentuar Ifé e Oyó. Manter os demais topônimos na versão original (Ibadan, etc.).

47. Para o território administrado pela Nova Zelândia, usar a grafia Tokelau (gentílico: tokelauano). Todos os nomes de cidades neozelandesas devem ser mantidos na grafia original, sem aportuguesamentos.

48. Amsterdã é a capital constitucional, mas os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e as embaixadas estrangeiras estão sediados em Haia. Não aportuguesar: Haarlem, Maastricht, Utrecht. Ademais de sua porção europeia ou “continental”, o Reino dos Países Baixos inclui ainda três “países autônomos” insulares, no Caribe: Aruba, Curaçao e Sint Maarten (esta última na ilha de São Martinho, dividida com a França). Embora se refira apenas a uma região da porção continental dos Países Baixos, o nome “Holanda” é usado pelo próprio país em contextos esportivos ou de promoção turística. A própria embaixada do país em Portugal chama-se “Embaixada da Holanda em Lisboa”. O nome “Holanda” pode ser usado, portanto, em contextos informais – especialmente quando de fato se estiver referindoà região do país oficialmente denominada Holanda (dividida em Holanda do Norte e Holanda do Sul): as cidades de Amsterdã, Haarlem, Haia e Roterdã, por exemplo, estão todas efetivamente situadas em território holandês. Em seu site, a embaixada neerlandesa em Brasília informa que “a língua dos Países Baixos, o neerlandês ou holandês, é o idioma materno de mais de 21 milhões de holandeses e flamengos”.

49. Muitos países, inclusive o Brasil, reconhecem Jerusalém Leste como capital da Palestina. A sede administrativa do governo palestino está em Ramala.

50. Usar, em português, a grafia Caxemira. Manter inalterados os demais topônimos, como Karachi, Faisalabad, Hyderabad, Lahore, Nasirabad e Peshawar. A terminação “-stan” pode ser aportuguesada: Balochistão, Waziristão, etc.

51. O único topônimo paraguaio que admite aportuguesamento é o nome da capital, Assunção. Usar todos os demais topônimos na forma em espanhol (Ciudad del Este, Concepción, Encarnación, Filadelfia, Salto del Guairá, etc.).

52. Usar todos os topônimos peruanos na forma original em espanhol. Para a cidade chamada Cusco ou Cuzco em espanhol, usar, em português, apenas a forma Cusco.

53. Galícia, em português, é o nome de uma região da Europa central, entre a Polônia e a Ucrânia (gentílico: galiciano). A comunidade autônoma cujo nome em espanhol é Galicia é chamada, em português, Galiza. O gentílico é galego.

54. “Britânico” é o gentílico referente ao Reino Unido. A expressão inglesa “Britain” deve ser sempre traduzida por “Reino Unido” (que inclui Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte), e não por Grã-Bretanha (que inclui apenas os primeiros três). São dependências britânicas: Guernsey; Jersey; e Ilha de Man.

55. As duas línguas oficiais da República Centro-Africana são o francês e o bango. É preferível o uso da locução “da República Centro-Africana” em todos os casos em que o gentílico “centro-africano” possa ser interpretado, ambiguamente, como referente à região da África central.

56. Nos demais países lusófonos, costuma-se usar com artigo: o Ruanda; do Ruanda; no Ruanda.

57. Usar as seguintes grafias: Adigueia, Anapa, Altai (gentílico: altaico), Buriátia (gentílico: buriata), Cabardino-Balcária, Calmúquia (gentílico: calmuco), Carélia (gentílico: carélio), Chechênia (gentílico: checheno), Daguestão (gentílico: daguestanês), Dubna, Elistá, Leningrado, Mordóvia (gentílico: mordoviano), Moscou (gentílico: moscovita), Murmansk, Nenétsia, Omsk, Oremburgo, Ossétia do Norte-Alânia, Samara, São Petersburgo (gentílico: petersburguês), Tartaristão, Tula,Udmúrtia, Ufá, Urais, Vladimir, Vladivostok, Volgogrado.

58. Podem-se usar denominações informais como “a Samoa Independente” ou “a antiga Samoa Ocidental”, de modo a evitar confusão com a vizinha Samoa Americana, território dos EUA. O nome da capital, Apia, tem como vogal tônica o “i”.

59. A língua é o somali. É preferível o uso de “somaliano” como gentílico, especialmente quando possível a confusão entre adjetivo pátrio e o nome da etnia somali – cuja presença não se limita ao território da atual Somália. Caso necessário referir-se ao ente político constituído no noroeste do país, cuja declaração de independência não é reconhecida por nenhum país membro da ONU, usar expressões como “a autoproclamada República da Somalilândia”.

60. As duas línguas oficiais do país são o cingalês e o tâmil, que são também os nomes das duas principais etnias sri-lankesas. A sede dos Poderes Executivo e Judiciário é Colombo. Oficialmente, porém, a capital sri-lankesa é a cidade de Sri Jayawardenapura Kotte, comumente chamada apenas Kotte. Vizinha e integrada a Colombo, Kotte sedia o legislativo sri-lankês.

61. As quatro línguas oficiais da Suíça são o alemão, o francês, o italiano e o romanche. Usar em português os seguintes topônimos: Basileia, Berna, Friburgo, Genebra, Grisões, Lucerna, Ticino e Zurique, além das segundas partes de Appenzell Exterior e Appenzell Interior. Usar, nos demais casos, a forma local: Aargau; Baden; Bellinzona; Graubünden; Jura; Neuchâtel; Nidwalden; Obwalden; Sankt Gallen; Schaffhausen; Schwyz; Solothurn; Thun; Thurgau; Uri; Vaud; Zug; etc. Para o cantão bilíngue de Valais/Wallis, pode-se usar a forma Valais.

62. Em 1996, o governo tanzaniano transferiu a capital do país de Dar es Salaam para Dodoma. Muitas instituições governamentais, porém, continuam em Dar es Salaam.

63. O nome do país não admite artigo em português: “República de Timor-Leste”, “em Timor-Leste”, “missão a Timor-Leste”, “governo de Timor-Leste”.

64. Funafuti, a capital tuvaluana, é um atol, composto por várias ilhas e ilhotas. Fongafale é a maior ilha do atol.

65. Com exceção de Odessa e Kiev (que devem ser usadas nessas grafias, consagradas em português), usar, nos demais casos, a romanização ucraniana para os nomes de cidades: Chernobyl, Donetsk, Luhansk, Sumy, Lviv, etc. Gentílico de Kiev: kievense.

66. Gentílico de Montevidéu: montevideano. Os únicos topônimos uruguaios que admitem aportuguesamento são o nome da capital e Colônia do Sacramento. Nos demais casos, use as formas em espanhol: Chuy; Río Branco; Rivera; etc.

67. As três línguas oficiais de Vanuatu são o bislamá (que é também a “língua nacional” vanuatuense), o francês e o inglês.

68. O Estado da Cidade do Vaticano e a Santa Sé têm personalidades próprias e distintas; o Vaticano é um país – o menor do mundo – e, mais especificamente, uma cidade-estado, como o são Singapura e Mônaco. A Santa Sé, por sua vez, não é um estado, mas tem personalidade jurídica própria, inclusive anterior à da fundação do Estado da Cidade do Vaticano. Na atualidade, porém, os dois entes se confundem e os nomes “Santa Sé” e “Vaticano” são frequentemente usados indistintamente como sinônimos.