Mudanças entre as edições de "Topônimos e gentílicos"
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Edição atual tal como às 11h36min de 12 de junho de 2020
(Manual de redação oficial e diplomática do Itamaraty)
Diversos são os sufixos de que dispõe a língua portuguesa para a formação dos substantivos e adjetivos gentílicos. São exemplos: “–ano” (como em, por exemplo, “moçambicano”), “–ão” (como em “afegão”), “–enho” (“panamenho”), “–ense” (“singapurense”), “–ês” (“neozelandês”), “–ino” (“argentino”), “–ita”(“iemenita”), “–ol” (“mongol”), “–ota” (“cipriota”).
Assim, é comum que a um mesmo topônimo correspondam em português múltiplas formas gentílicas dicionarizadas. Para a República do Mali, por exemplo, dicionários registram como válidas as formas “malinês”, “malinense”, “malense”, “malês” e “maliano” – sendo esta última, porém, praticamente a única com efetivo uso corrente. A abundância de formas constantes de vocabulários e dicionários não implica a existência do mesmo número de formas em uso prático e corrente. A rigor, independentemente dos registros, uma única forma acaba por consolidar-se no uso geral da língua – o mesmo processo, aliás, pelo qual passou o gentílico “brasileiro”, antes de suplantar as até hoje registradas “brasilense”, “brasiliense”, “brasiliano”, “brasílico”, “brasilíada”, “brasílio” e “brasil”.
Neste trabalho de consolidação, procurou-se apresentar uma lista de viés pragmático, que indica, em vez de todas as formas existentes, apenas uma forma recomendável (com algumas poucas exceções), com base no número de registros em enciclopédias, dicionários e vocabulários brasileiros e de demais países lusófonos, no uso em meios de comunicação e organismos internacionais. Em relação aos gentílicos apresentados para países africanos, foi dada preferência às formas amplamente usadas nos países lusófonos africanos, mesmo quando divergiam das formas preferidas por dicionaristas brasileiros e portugueses (é o caso, por exemplo, de “burundês”, praticamente a única forma usada nos países lusófonos africanos, onde de fato se escreve com frequência sobre o Burundi, mas ignorada por vocabulários brasileiros e portugueses, que trazem, porém, numerosas formas de limitado uso, como *burundiano, *burundinês e *burúndio).
Topônimos e gentílicos do Brasil e dos demais países de língua portuguesa
O Comitê de Nomes Geográficos (CNGEO), que integra a Comissão Nacional de Cartografia (CONCAR), tem por função promover a padronização de nomes geográficos dentro do território da República Federativa do Brasil, assim como dos nomes estrangeiros que serão inseridos em produtos cartográficos nacionais. Em cooperação com outras instituições federais, governos estaduais ou municipais, promove ações objetivando a revisão de nomes para posterior padronização. Cabe ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) manter um Banco de Nomes Geográficos do Brasil (BNGB) que pode ser consultado na página daquele instituto.
Para topônimos e gentílicos de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, dever-se-á seguir o uso oficialmente feito nos próprios países – sirva de exemplo Kwanza, nome de rio de Angola, de duas províncias do país (Kwanza Norte e Kwanza Sul) e da moeda do país (nesse caso, com minúscula, como os demais nomes de moedas: As transações poderão ser feitas em escudos, euros, francos, kwanzas, meticais ou reais.
A Guiné-Bissau e Timor-Leste mantiveram os hifens em seus nomes, tendo sido exceções admitidas à regra do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa sobre limitação do uso do hífen a casos especiais de topônimos compostos (“os iniciados pelo adjetivo grã, grão, ou por forma verbal, ou cujos elementos estejam ligados por artigo”) e consequente abolição nos demais casos, como Antígua e Barbuda, Papua Nova Guiné, São Vicente e Granadinas, etc. Também o emprego ou não de artigo definido com nomes de cidades, estados e países lusófonos deverá seguir o uso oficial local. Nos casos de países, portanto, usam-se, com artigo, os nomes do Brasil, da Guiné-Bissau e da Guiné Equatorial; e, sem artigo, Angola, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste (“em Timor-Leste”, “de Timor-Leste”, não “do”, “no”).
Dos estados brasileiros, usam-se com artigo definido: o Acre, o Amapá, o Amazonas, a Bahia, o Ceará, o Espírito Santo, o Maranhão, o Pará, a Paraíba, o Paraná, o Piauí, o Rio de Janeiro, o Rio Grande do Norte, o Rio Grande do Sul, o Tocantins. Usam-se sem artigo: Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Forma breve | Nome oficial | Capital | Gentílico | Nota | |
---|---|---|---|---|---|
o Afeganistão | a República Islâmica do Afeganistão | Cabul (Kabul) | afegão | 1 | |
a África do Sul | a República da África do Sul | Pretória (Tshwane), Cidade do Cabo (Cape Town), Bloemfontein | sul-africano | 2 | |
a Albânia | a República da Albânia | Tirana | albanês | ||
a Alemanha | a República Federal da Alemanha | Berlim (Berlin) | alemão | 3 | |
Andorra | o Principado de Andorra | Andorra-a-Velha | andorrano | ||
Angola | a República de Angola | Luanda | angolano | 4 | |
Antígua e Barbuda | Antígua e Barbuda | Saint John's | antiguano | ||
a Arábia Saudita | o Reino da Arábia Saudita | Riade (Riyadh) | saudita | 5 | |
a Argélia | a República Argelina Democrática e Popular | Argel (Algiers) | argelino | 6 | |
a Argentina | a República Argentina | Buenos Aires | argentino | 7 | |
a Armênia | a República da Armênia | Ierevan | armênio | ||
a Austrália | a Comunidade da Austrália | Camberra | australiano | ||
a Áustria | a República da Áustria | Viena (Wien) | austríaco | ||
o Azerbaijão | a República do Azerbaijão | Baku | azerbaijano | ||
(as) Bahamas | a Comunidade das Bahamas | Nassau | bahamense | ||
o Bangladesh | a República Popular do Bangladesh | Daca (Dhaka) | bangladês, bangladense | ||
Barbados | Barbados | Bridgetown | barbadiano | ||
o Bahrein | o Reino do Bahrein | Manama | bahreinita | ||
a Bélgica | o Reino da Bélgica | Bruxelas | belga | 8 | |
Belize | Belize | Belmopan | belizenho | ||
o Benim | a República do Benim | Porto Novo (Porto-Novo), Cotonou [pronúncia: Cotonú] | beninês | 9 | |
a Belarus | a República da Belarus | Minsk | belarusso | 10 | |
a Bolívia | o Estado Plurinacional da Bolívia | La Paz, Sucre | boliviano | 11 | |
a Bósnia | a Bósnia e Herzegovina | Sarajevo | bósnio | 12 | |
o Botsuana | a República do Botsuana | Gaborone | botsuanês | ||
o Brasil | a República Federativa do Brasil | Brasília | brasileiro | ||
o Brunei | o Estado do Brunei Darussalam | Bandar Seri Begawan | bruneíno | ||
a Bulgária | a República da Bulgária | Sófia | búlgaro | ||
o Burkina Faso | o Burkina Faso | Uagadugu (Ouagadougou) | burkineonse, burkinabé | ||
o Burundi | a República do Burundi [pronúncia: Burúndi] | Bujumbura | burundês | ||
o Butão | o Reino do Butão | Thimphu [pronúncia: Timpú] | butanês | ||
Cabo Verde | a República de Cabo Verde | Praia | cabo-verdiano | 13 | |
o Cameroun (Camarões) | a República do Cameroun (Camarões) (pronúncia: Camerún) | Iaundê | camerounês | ||
o Camboja | o Reino do Camboja | Phnom Penh [pronúncia: Pnom -] | cambojano | ||
o Catar | o Estado do Catar | Doha | catariano | ||
o Canadá | o Canadá | Ottawa | canadense | 14 | |
o Cazaquistão | a República do Cazaquistão | Nursultan (até 20/03/2019, Astana) | cazaque | ||
o Chade | a República do Chade | N'Djamena | chadiano | ||
o Chile | a República do Chile | Santiago | chileno | 15 | |
a China | a República Popular da China | Pequim (Beijing) | chinês | 16 | |
Chipre | a República de Chipre | Nicósia | cipriota | 17 | |
a Colômbia | a República da Colômbia | Bogotá | colombiano | 18 | |
(as) Comores | a União das Comores | Moroni | comoriano | ||
a República do Congo, o Congo Brazzaville | a República do Congo | Brazzaville | congolês | 19 | |
o Congo Kinshasa, a RDC | a República Democrática do Congo | Kinshasa | congolês | 19 | |
a Coreia do Sul | a República da Coreia | Seul (Seoul) | sul-coreano | 20 | |
a Coreia do Norte | a República Popular Democrática da Coreia | Pyongyang | norte-coreano | 20 | |
a Costa do Marfim, a Côte d'Ivoire | a República da Côte d'Ivoire (Costa do Marfim) | Yamoussoukro, Abidjã | costa-marfinense, marfinense | 21 | |
a Costa Rica | a República da Costa Rica | São José | costa-ricense | ||
a Croácia | a República da Croácia | Zagreb | croata | ||
Cuba | a República de Cuba | Havana (La Habana) | cubano | ||
a Dinamarca | o Reino da Dinamarca | Copenhague (København) | dinamarquês | 22 | |
o Djibouti | a República do Djibouti | Djibouti [pronúncia: Djibutí ] | djiboutiano | ||
a Dominica | a Comunidade da Dominica | Roseau [pronúncia: Rozô ] | dominiquense | ||
o Egito | a República Árabe do Egito | Cairo | egípcio | ||
El Salvador | a República de El Salvador | São Salvador | salvadorenho | ||
os Emirados Árabes | os Emirados Árabes Unidos | Abu Dhabi | emiradense, emirático | ||
o Equador | a República do Equador | Quito | equatoriano | ||
a Eritreia | o Estado da Eritreia | Asmara | eritreu | ||
a Eslováquia | a República Eslovaca | Bratislava | eslovaco | ||
a Eslovênia | a República da Eslovênia | Liubliana (Ljubljana) | esloveno | ||
a Espanha | o Reino da Espanha | Madri (Madrid) | espanhol | ||
os Estados Unidos, os EUA | os Estados Unidos da América | Washington | estadunidense, (norte-)americano | 23 | |
a Estônia | a República da Estônia | Talin | estoniano | ||
a Etiópia | a República Democrática Federal da Etiópia | Adis Abeba (Addis Ababa) | etíope | 24 | |
Fiji | a República de Fiji | Suva | fijiano | ||
as Filipinas | a República das Filipinas | Manila | filipino | 25 | |
a Finlândia | a República da Finlândia | Helsinque | finlandês | ||
a França | a República Francesa | Paris | francês | 26 | |
o Gabão | a República Gabonesa | Libreville | gabonês | ||
a Gâmbia | a República da Gâmbia | Banjul | gambiano | ||
(o) Gana | a República de Gana | Acra (Accra) | ganês ou ganense | 27 | |
a Geórgia | a Geórgia | Tbilisi | georgiano | 28 | |
Granada | Granada | Saint George's | granadino | ||
a Grécia | a República Helênica | Atenas | grego | ||
a Guatemala | a República da Guatemala | Cidade da Guatemala | guatemalteco | 29 | |
a Guiana | a República Cooperativa da Guiana | Georgetown | guianês | ||
a Guiné, a Guiné Conacri ou a República da Guiné | a República da Guiné | Conacri | guineense | 30 | |
a Guiné-Bissau | a República da Guiné-Bissau | Bissau | guineense, bissau-guineense | 30 | |
a Guiné Equatorial | a República da Guiné Equatorial | Malabo | equato-guineense | ||
o Haiti | a República do Haiti | Porto Príncipe (Port-au-Prince) | haitiano | ||
Honduras | a República de Honduras | Tegucigalpa | hondurenho | 31 | |
a Hungria | a Hungria | Budapeste (Budapest) | húngaro | 32 | |
o Iêmen | a República do Iêmen | Sanaa | iemenita | ||
as Ilhas Cook | as Ilhas Cook | Avarua | cookiano | ||
as Ilhas Marshall | a República das Ilhas Marshall | Majuro | marshallês | ||
as Ilhas Salomão | as Ilhas Salomão | Honiara | salomonense | ||
a Índia | a República da Índia | Nova Delhi | indiano | ||
a Indonésia | a República da Indonésia | Jacarta (Jakarta) | indonésio | ||
o Irã | a República Islâmica do Irã | Teerã (Tehran) | iraniano | 33 | |
o Iraque | a República do Iraque | Bagdá (Baghdad) | iraquiano | ||
a Irlanda | a Irlanda | Dublin | irlandês | ||
a Islândia | a Islândia | Reiquiavique | islandês | ||
Israel | o Estado de Israel | israelense | 34 | ||
a Jamaica | a Jamaica | Kingston | jamaicano | ||
o Japão | o Japão | Tóquio (Tokyo) | japonês | 35 | |
a Jordânia | o Reino Haxemita da Jordânia | Amã (Amman) | jordaniano | ||
Kiribati | a República do Kiribati | Tarawa | kiribatiano | ||
o Kuwait | o Estado do Kuwait | Cidade do Kuwait | kuwaitiano | ||
o Laos | a República Democrática Popular do Laos | Vientiane | laosiano | ||
o Lesoto | o Reino do Lesoto | Maseru | lesotiano | ||
a Letônia | a República da Letônia | Riga | letão | ||
o Líbano | a República Libanesa | Beirute (Beirut) | libanês | ||
a Libéria | a República da Libéria | Monróvia | liberiano | ||
a Líbia | a Líbia | Trípoli | líbio | 36 | |
(o) Liechtenstein | o Principado de Liechtenstein | Vaduz | liechtensteiniano | ||
a Lituânia | a República da Lituânia | Vilnius | lituano | ||
(o) Luxemburgo | o Grão-Ducado de Luxemburgo | Luxemburgo | luxemburguês | ||
a Macedônia | a República da Macedônia | Skopje [pronúncia: Skópie] | macedônio | ||
Madagascar | a República do Madagascar | Antananarivo | madagascarense | ||
a Malásia | a Malásia | Kuala Lumpur | malásio37 | 38 | |
o Malawi | a República do Malawi [pronúncia: Maláui] | Lilongwe | malawiano | ||
as Maldivas | a República das Maldivas | Malé | maldivo | ||
o Mali | a República do Mali | Bamako | maliano | 39 | |
Malta | a República de Malta | Valletta | maltês | ||
o Marrocos | o Reino do Marrocos | Rabat | marroquino | ||
Maurício | a República de Maurício | Port Louis | mauriciano | ||
a Mauritânia | a República Islâmica da Mauritânia | Nouakchott | mauritano | ||
o México | os Estados Unidos Mexicanos | Cidade do México | mexicano | 40 | |
(o) Myanmar | a República da União de Myanmar | Nay Pyi Taw [pronúncia: Nê Pii Dó], Yangon | myanmarense | 41 | |
a Micronésia | os Estados Federados da Micronésia | Palikir | micronésio | ||
Moçambique | a República de Moçambique | Maputo | moçambicano | ||
a Moldova | a República da Moldova | Chisinau [pronúncia: Kishinau] | moldovo | 42 | |
Mônaco | o Principado de Mônaco | Mônaco | monegasco | ||
a Mongólia | a Mongólia | Ulan Bator [tônica: -bá-] | mongol | ||
Montenegro | Montenegro | Podgorica [pronúncia: Podgoritza] | montenegrino | 43 | |
a Namíbia | a República da Namíbia | Windhoek [pronúncia: Vindúk] | namibiano | ||
Nauru | a República de Nauru | Yaren | nauruano | 44 | |
o Nepal | a República Democrática Federal do Nepal | Katmandu | nepalês | ||
a Nicarágua | a República da Nicarágua | Manágua | nicaraguense | ||
o Níger | a República do Níger | Niamey | nigerino | ||
a Nigéria | a República Federal da Nigéria | Abuja | nigeriano | 45 | |
Niue | Niue | Alofi | niuiano | ||
Noruega | o Reino da Noruega | Oslo | norueguês | ||
a Nova Zelândia | a Nova Zelândia | Wellington | neozelandês | 46 | |
Omã | o Sultanato de Omã | Mascate | omani | ||
os Países Baixos | o Reino dos Países Baixos | Amsterdã, Haia (Den Haag) | neerlandês | 47 | |
Palau | a República de Palau | Melekeok | palauano | ||
a Palestina | o Estado da Palestina | Jerusalém Leste | palestino | 48 | |
o Panamá | a República do Panamá | Cidade do Panamá | panamenho | ||
a Papua Nova Guiné | o Estado Independente da Papua Nova Guiné | Port Moresby | papua, papuásio | ||
o Paquistão | a República Islâmica do Paquistão | Islamabade | paquistanês | 49 | |
o Paraguai | a República do Paraguai | Assunção (Asunción) | paraguaio | 50 | |
o Peru | a República do Peru | Lima | peruano | 51 | |
a Polônia | a República da Polônia | Varsóvia (Warszawa) | polonês, polaco | 52 | |
Portugal | a República Portuguesa | Lisboa | português | ||
o Quênia | a República do Quênia | Nairóbi | queniano | ||
o Quirguistão | a República Quirguiz | Bisqueque | quirguiz | ||
o Reino Unido | o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | Londres (London) | britânico | 53 | |
a República Centro-Africana | a República Centro-Africana | Bangui | centro-africano | 54 | |
a República Tcheca | a República Tcheca | Praga | tcheco | ||
a República Dominicana | a República Dominicana | São Domingos | dominicano | ||
a Romênia | a Romênia | Bucareste (București) | romeno | ||
Ruanda | a República de Ruanda | Kigali | ruandês | 55 | |
a Rússia | a Federação da Rússia | Moscou | russo | 56 | |
a Samoa | o Estado Independente da Samoa | Apia | samoano | 57 | |
Santa Lúcia | Santa Lúcia | Castries | santa-lucense | ||
São Cristóvão e Névis | a Federação de São Cristóvão e Névis | Basseterre | são-cristovense | ||
San Marino | a República de San Marino | San Marino | samarinês | ||
São Tomé e Príncipe | a República Democrática de São Tomé e Príncipe | São Tomé | santomense | ||
São Vicente e Granadinas | São Vicente e Granadinas | Kingstown | são-vicentino | ||
Seicheles | a República de Seicheles | Victoria | seichelense | ||
o Senegal | a República do Senegal | Dacar | senegalês | ||
a Sérvia | a República da Sérvia | Belgrado (Beograd) | sérvio | ||
Singapura | a República de Singapura | Singapura | singapurense | ||
a Síria | a República Árabe da Síria | Damasco | sírio | ||
a Somália | a República Federal da Somália | Mogadíscio (Mogadishu) | somaliano, somali | 58 | |
o Sri Lanka | a República Democrática Socialista do Sri Lanka | Colombo, Kotte | sri-lankês | 59 | |
a Suazilândia | o Reino da Suazilândia | Mbabane | suázi | 60 | |
o Sudão | a República do Sudão | Cartum (Khartoum) | sudanês | ||
o Sudão do Sul | a República do Sudão do Sul | Juba | sul-sudanês | ||
a Suécia | o Reino da Suécia | Estocolmo (Stockholm) | sueco | ||
a Suíça | a Confederação Suíça | Berna | suíço | 61 | |
o Suriname | a República do Suriname | Paramaribo | surinamês | ||
o Tajiquistão | a República do Tajiquistão | Dushambe | tajique | ||
a Tailândia | o Reino da Tailândia | Bangkok | tailandês | ||
a Tanzânia | a República Unida da Tanzânia | Dodoma, Dar es Salaam | tanzaniano | 62 | |
Timor-Leste | a República Democrática de Timor-Leste | Díli | timorense | 63 | |
o Togo | a República Togolesa | Lomé | togolês | ||
Tonga | o Reino de Tonga | Nuku'alofa | tonganês | ||
Trinidad e Tobago | a República de Trinidad e Tobago | Port of Spain | trinitário | ||
a Tunísia | a República da Tunísia | Túnis | tunisiano | ||
o Turcomenistão | o Turcomenistão | Ashgabat | turcomeno | ||
a Turquia | a República da Turquia | Ancara (Ankara) | turco | ||
Tuvalu | Tuvalu | Funafuti | tuvaluano | 64 | |
a Ucrânia | a Ucrânia | Kiev (Kyiv) | ucraniano | 65 | |
o Uganda | a República do Uganda | Kampala | ugandês | ||
o Uruguai | a República Oriental do Uruguai | Montevidéu (Montevideo) | uruguaio | 66 | |
o Uzbequistão | a República do Uzbequistão | Tashkent | uzbeque | ||
Vanuatu | a República de Vanuatu | Port Vila | vanuatuense | 67 | |
o Vaticano | o Estado da Cidade do Vaticano | Cidade do Vaticano | vaticano | 68 | |
a Venezuela | a República Bolivariana da Venezuela | Caracas | venezuelano | ||
o Vietnã | a República Socialista do Vietnã | Hanói | vietnamita | ||
a Zâmbia | a República da Zâmbia | Lusaca | zambiano | ||
o Zimbábue | a República do Zimbábue | Harare | zimbabueano |
Notas
1. O gentílico referente ao Afeganistão é afegão (plural: afegãos; femininos: afegã, afegãs). O antigo gentílico “afegane” hoje se usa apenas para o nome da moeda do Afeganistão (portanto, apenas como substantivo). São línguas oficiais do Afeganistão o pastó e o persa dari.
2. Pretória é a capital administrativa, sede do Poder Executivo e das embaixadas estrangeiras; a Cidade do Cabo é a capital legislativa (sede do parlamento), e Bloemfontein, a capital judiciária. As províncias da África do Sul são: Cabo Ocidental; Cabo Oriental; Cabo Setentrional; Estado Livre; Gauteng; KwaZulu-Natal; Limpopo; Mpumalanga; Noroeste. O país tem 11 línguas oficiais: africanse (e também africâner), inglês, ndebele, sesoto, sesoto do norte, setsuana, suázi, tsonga,venda, xhosa e zulu.
3. Os estados da Alemanha são: Baden-Württemberg, Baixa Saxônia, Baviera, Berlim, Brandemburgo, Bremen, Hamburgo, Hessen, Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, Renânia do Norte-Westfália, Renânia-Palatinado, Sarre, Saxônia, Saxônia-Anhalt, Schleswig-Holstein e Turíngia. Devem-se aportuguesar, ainda, as regiões da Baviera: Alto Palatinado, Suábia, Alta Baviera, Baixa Baviera, Alta Francônia, Baixa Francônia e Média Francônia. Aportuguesar também: Berlim, Colônia,Hamburgo e Munique. Devem-se manter inalterados os demais topônimos, incluídos: Aachen, Bonn, Braunschweig, Bremen, Bielefeld, Chemnitz, Darmstadt, Dortmund, Duisburg, Düsseldorf, Essen, Frankfurt, Freiburg, Giessen, Hamelin, Hannover, Karlsruhe, Kassel, Leipzig, Lübeck, Lüneburg, Mainz, Magdeburg, Münster, Neubrandeburg, Nürnberg, Potsdam, Regensburg, Stuttgart, Trier, Wuppertal, etc.
4. O Acordo Ortográfico em vigor (1990) menciona especificamente o nome “Kwanza” como exemplo de palavra a ser escrita com as letras “k” e “w” em português. Kwanza Norte e Kwanza Sul são duas das onze províncias de Angola; a moeda de Angola é o kwanza (com inicial minúscula).
5. A capital da Arábia Saudita é Riade. A cidade de Gidá é por vezes chamada de “capital comercial” por ser o centro econômico do país, abrigar o principal porto saudita e o aeroporto que serve as cidades de Meca e Medina. As embaixadas estrangeiras na Arábia Saudita situavam-se em Gidá até 1984, tendo desde então sido transferidas para Riade.
6. As duas línguas oficiais da Argélia são o árabe e o amazigue (berbere). Com exceção da capital, Argel, usar todos os demais nomes de cidades na versão francesa:Constantine, Oran, etc.
7. De modo geral, o nome oficial a ser usado é “República Argentina”. O chefe de estado do país é oficialmente intitulado, porém, “presidente da Nação Argentina”.Os únicos nomes de cidade e província da Argentina que devem ser aportuguesados são Santa Fé e Rosário. Usar ainda em português os nomes “ilhas Malvinas” e os nomes das ilhas Geórgias do Sul e das ilhas Sandwich do Sul (por exemplo, na expressão “as ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes”).
8. A Bélgica é formalmente composta por três regiões: Bruxelas, Flandres e Valônia. A região de Flandres é composta pelas seguintes províncias: Antuérpia, Brabante Flamengo, Flandres Ocidental, Flandres Oriental e Limburgo. A Valônia é composta pelas seguintes províncias: Brabante, Valão, Hainaut, Liège, Luxemburgo e Namur. Quanto a cidades, devem-se aportuguesar os nomes de Antuérpia (em neerlandês, Antwerpen; em francês, Anvers), Bruges (em neerlandês, Brugge; em francês, Bruges), Bruxelas (em neerlandês, Brussel; em francês, Bruxelles). Nos demais casos, use-se o nome empregado localmente, seja em francês, seja em neerlandês (Gent, Liège, Leuven, Louvain-la-Neuve, Charleroi, Verviers, etc).
9. Porto-Novo é a capital oficial; Cotonou é a sede do governo e do corpo diplomático. Cotonou pronuncia-se “Cotonú”; Abomey pronuncia-se “Abomé”, e Ouidah pronuncia-se “Uidá”.
10. Após o fim da União Soviética, a antiga “República Socialista Soviética da Bielorrússia” tornou-se independente, sob o nome de República da Belarus (nome oxítono: a sílaba tônica é "–rus"). O gentílico é belarusso.
11. Sucre é a “capital constitucional”. La Paz (oficialmente: “Nuestra Señora de La Paz”; gentílico: pacenho) é a sede do governo. Nenhum topônimo deve ser aportuguesado – usem-se as formas locais: Cobija, Cochabamba, Guayaramerín, Puerto Quijarro, Santa Cruz de la Sierra, etc.
12. O “j” em geral pronuncia-se como “i”: Sarajevo pronuncia-se “Saraievo”. A terminação “-ica” pronuncia-se como “-itza”: Srebrenica pronuncia-se “Srebrenitza”.
13. O nome da capital usa-se, em Cabo Verde, com artigo: “...reunidos na cidade da Praia, capital de Cabo Verde...”); seu gentílico é “praiense”.
14. Em Portugal e nos demais países lusófonos, usa-se preferivelmente o gentílico “canadiano”, igualmente válido. O Canadá é composto por dez províncias e três territórios. A embaixada canadense em Brasília usa os seguintes nomes em português para as dez províncias canadenses: Alberta, Colúmbia Britânica, Manitoba, Novo Brunswick, Terra Nova e Labrador, Nova Escócia, Ontário, Ilha do Príncipe Eduardo, Quebec e Saskatchewan. Os três territórios são Nunavut, os Territórios do Noroeste e o Yukon. Não aportuguesar os nomes de cidades: Halifax, Montreal, Ottawa, Vancouver, Winnipeg, etc. Usar "Cidade do Quebec".
15. O Poder Legislativo chileno tem sede em Valparaíso.
16. Gentílico de Macau: macaense. Usar, nas formas tradicionais portuguesas, Cantão, Nanquim, Pequim, Tibete e Xangai – e, na forma tradicional inglesa, Hong Kong (sem hífen).
17. O nome do país não admite artigo em português. Diz-se: “República de Chipre”, “em Chipre”, “missão a Chipre”, “governo de Chipre”. Para a autoproclamada “República Turca do Norte de Chipre”, usar essa forma (“a autoproclamada 'República Turca do Norte de Chipre'“).
18. Gentílico de Bogotá: bogotano.
19. Pode-se excepcionalmente usar “o Congo” como forma abreviada (não oficial), desde que não haja risco de ambiguidade com o país vizinho de mesmo nome.
20. Pode-se usar, como forma abreviada (não oficial), “a Coreia”, e, como gentílico, “coreano”, desde que não haja risco de ambiguidade com o país vizinho.
21. Em 1983, oficializou-se a mudança da capital marfinense, de Abidjã para Yamoussoukro. A maioria das instituições governamentais e das embaixadas no país continua sediada em Abidjã. Em 1986, o governo do país pediu formalmente que todos os países passassem a empregar exclusivamente a forma em francês "Côte d'Ivoire" para se referir ao país. Em toda comunicação dirigida a autoridades do país, em notas verbais, em documentos oficiais, atos bilaterais, etc., use- se, portanto, a forma "a República da Côte d'Ivoire". Em comunicações dirigidas a brasileiros – inclusive no encaminhamento de textos de acordos ou de indicações de embaixadores ao Congresso Nacional, por exemplo –, em notas à imprensa, informações públicas, etc., é recomendável a forma "Côte d'Ivoire (Costa do Marfim)".
22. O Reino da Dinamarca inclui a Groenlândia (gentílico: groenlandês) e as Ilhas Féroe (gentílicos: feroês ou feroico). Outros nomes a aportuguesar são: Frísia, Jutlândia, Zelândia. Manter os demais nomes no original dinamarquês: Aarhus, Aalborg, Als (ilha), Ejsberg, Kolding, Odense, Vejle, etc.
23. A rigor, “americano” é o gentílico de “América” ou “Américas”; “norte-americano”, o gentílico de “América do Norte”; e “estadunidense”, o gentílico de “Estados Unidos”. Quando o contexto não permite interpretações dúbias, podem-se usar as formas “americano” ou “norte-americano” com referência aos EUA. Para assegurar maior clareza, pode ser preferível ao uso de gentílicos o uso de locuções: “[o governo] dos Estados Unidos”, “dos EUA”, etc. Gentílico de Porto Rico: porto-riquenho; capital de Porto Rico: San Juan. Gentílico de Guam: guamês. Além de eventuais particularidades, como “South” para “do Sul”, “North” para “do Norte” e “New” para “Nova” (por exemplo: Dakota do Sul, Carolina do Norte, Nova York), aportuguesar apenas os nome dos seguintes estados: Alasca, Califórnia, Flórida, Havaí, Novo México, Pensilvânia, Virgínia e Virgínia Ocidental – além do Distrito de Colúmbia. Dos nomes de cidades, aportuguesar: Colúmbia, Filadélfia, Indianápolis, Santa Fé e São Francisco. Em todos os demais casos, usar as formas em inglês.
24. Embora não haja língua oficial, o amárico é a “língua de trabalho” do governo etíope. Usar a grafia Tigré (região) / tigré (nome do povo e de sua língua).
25. As Filipinas têm duas línguas oficiais, o inglês e o tagalo. O tagalo é também a “língua nacional”.
26. Reforma administrativa em 2015 estabeleceu que são dezessete as regiões da França: doze regiões na Europa e cinco regiões ultramarinas. As doze regiões na porção europeia da França são: 1) Alsácia, Champanhe-Ardenas e Lorena; 2) Aquitânia, Limousin e Poitou-Charentes; 3) Auvérnia e Ródano-Alpes; 4) Borgonha e Franco Condado; 5) Bretanha; 6) Centro-Vale do Loire; 7) Córsega; 8) Île-de-France; 9) Languedoc-Roussillon e Midi-Pireneus; 10) Normandia; 11) Norte-Pas-de- Calais e Picardia; 12) Provença-Alpes-Côte-d'Azur. As cinco regiões ultramarinas são Guadalupe, a Guiana Francesa (cuja capital é Caiena), a Martinica, Mayotte e a Reunião. A França tem, ainda, cinco coletividades ultramarinas: a Polinésia Francesa; São Bartolomeu; Saint-Pierre e Miquelon; Saint- Martin (na ilha caribenha de São Martinho); e Wallis e Futuna. A Nova Caledônia tem o status de “território sui generis da França”. Aportuguesar, ainda, os seguintes topônimos: Cherburgo, Estrasburgo, Mancha. Usar todos os demais topônimos nas formas francesas (mesmo os que tenham formas tradicionais portuguesas, hoje desusadas): Avignon, Nîmes, Octeville, Rouen, etc.
27. Nos demais países lusófonos, costuma-se usar com artigo: o Gana; do Gana; no Gana.
28. A capital da Geórgia é Tbilisi; o parlamento situa-se na cidade de Kutaisi. Para as regiões autônomas autoproclamadas independentes, usar estas formas: «a autoproclamada “República da Abcásia”»; «a autoproclamada “República da Ossétia do Sul”».
29. Para a moeda da Guatemala, usar, em português, quetzal.
30. Pode-se excepcionalmente usar “a Guiné” como forma abreviada (não oficial), desde que não haja risco de ambiguidade com relação às duas outras repúblicas de mesmo nome curto. O gentílico “guineense” também só pode ser usado quando não houver absolutamente nenhum risco de ambiguidade. Os habitantes da Guiné Equatorial são ditos “equato-guineenses”. Tradicionalmente, “guineense”, em português, é entendido como referente à Guiné-Bissau, país lusófono; quando necessário especificar que se trata deste país, e não da vizinha República da Guiné (Guiné Conacri), usa-se a forma “bissau-guineense”. Para se referir aos habitantes do país vizinho, os habitantes da Guiné-Bissau usam a forma “conacri-guineense”. Em caso de possível ambiguidade, devem-se usar locuções: “da Guiné-Bissau”, “da Guiné Conacri” (ou “da República da Guiné”), etc.
31. Segundo a constituição hondurenha, as cidades de Tegucigalpa e Comayagüela, juntas, formam o “Distrito Central”, e “[a]s cidades de Tegucigalpa e Comayagüela, conjuntamente, constituem a capital da República”. Os três Poderes têm sede em Tegucigalpa, razão pela qual apenas esta é comumente considerada “a capital de Honduras”.
32. A Hungria é dividida em sete regiões: Transdanúbia Ocidental, Transdanúbia Meridional, Transdanúbia Central, Hungria Central, Hungria Setentrional, Grande planície setentrional, Grande planície meridional.
33. A língua oficial do Irã é o persa (chamado, em persa, “farsi”).
34. Israel declarou Jerusalém "unificada" sua capital por meio de lei israelense de julho de 1980. A declaração foi considerada ilegal e a lei nula pela Resolução 478 (1980) do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Os países representados por embaixadas em Israel as mantêm na área de Tel Aviv.
35. Dos topônimos japoneses, devem ser usados em versão aportuguesada apenas Tóquio, Nagoia e Quioto. Nos demais casos, usar a romanização oficial japonesa: Fuji, Fukushima, Hamamatsu, Hiroshima, Kobe, Nagasaki, Osaka, Yokohama, etc.
36. As três regiões da Líbia são a Cirenaica, a Fazânia e a Tripolitânia.
37 O gentílico malaio se refere à etnia, não à nacionalidade.
38. Kuala Lumpur é a capital oficial da Malásia; Putrajaya é a sede administrativa e capital judiciária.
39. A forma tradicional em português é oxítona – por essa razão, escrita sem acento. Ocorre com cada vez mais frequência a pronúncia paroxítona. Independentemente da pronúncia acolhida, recomenda-se, com vistas à padronização, o uso exclusivo, na escrita, da forma Mali.
40. Com exceção de “Cidade do México”, usar os nomes de todas as cidades e estados mexicanos na forma original, em espanhol.
41. A capital myanmarense foi oficialmente transferida de Yangon para Nay Pyi Taw em 2006. O gentílico “birmanês” refere-se à língua e à etnia majoritárias no país.
42. Para a etnia e língua referentes à Gagaúzia, usar gagauz (sem acento), plural gagaúzes. Usar as grafias Transnístria e Dniestre (nome do rio).
43. Podgorica (pronúncia: Podgoritza) é a capital de Montenegro; Cetinhe (pronúncia: Cetinhe) é considerada “capital histórica”.
44. Nauru não tem uma capital oficial. O país é dividido em 14 distritos administrativos. O governo fica sediado no distrito de Yaren.
45. Acentuar Ifé e Oyó. Manter os demais topônimos na versão original (Ibadan, etc.).
46. Para o território administrado pela Nova Zelândia, usar a grafia Tokelau (gentílico: tokelauano). Todos os nomes de cidades neozelandesas devem ser mantidos na grafia original, sem aportuguesamentos.
47. Amsterdã é a capital constitucional, mas os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e as embaixadas estrangeiras estão sediados em Haia. Não aportuguesar: Haarlem, Maastricht, Utrecht. Ademais de sua porção europeia ou “continental”, o Reino dos Países Baixos inclui ainda três “países autônomos” insulares, no Caribe: Aruba, Curaçao e Sint Maarten (esta última na ilha de São Martinho, dividida com a França). Embora se refira apenas a uma região da porção continental dos Países Baixos, o nome “Holanda” é usado pelo próprio país em contextos esportivos ou de promoção turística. A própria embaixada do país em Portugal chama-se “Embaixada da Holanda em Lisboa”. O nome “Holanda” pode ser usado, portanto, em contextos informais – especialmente quando de fato se estiver referindoà região do país oficialmente denominada Holanda (dividida em Holanda do Norte e Holanda do Sul): as cidades de Amsterdã, Haarlem, Haia e Roterdã, por exemplo, estão todas efetivamente situadas em território holandês. Em seu site, a embaixada neerlandesa em Brasília informa que “a língua dos Países Baixos, o neerlandês ou holandês, é o idioma materno de mais de 21 milhões de holandeses e flamengos”.
48. Muitos países, inclusive o Brasil, reconhecem Jerusalém Leste como capital da Palestina. A sede administrativa do governo palestino está em Ramala.
49. Usar, em português, a grafia Caxemira. Manter inalterados os demais topônimos, como Karachi, Faisalabad, Hyderabad, Lahore, Nasirabad e Peshawar. A terminação “-stan” pode ser aportuguesada: Balochistão, Waziristão, etc.
50. O único topônimo paraguaio que admite aportuguesamento é o nome da capital, Assunção. Usar todos os demais topônimos na forma em espanhol (Ciudad del Este, Concepción, Encarnación, Filadelfia, Salto del Guairá, etc.).
51. Usar todos os topônimos peruanos na forma original em espanhol. Para a cidade chamada Cusco ou Cuzco em espanhol, usar, em português, apenas a forma Cusco.
52 Galícia, em português, é o nome de uma região da Europa central, entre a Polônia e a Ucrânia (gentílico: galiciano). A comunidade autônoma cujo nome em espanhol é Galicia é chamada, em português, Galiza. O gentílico é galego.
53. “Britânico” é o gentílico referente ao Reino Unido. A expressão inglesa “Britain” deve ser sempre traduzida por “Reino Unido” (que inclui Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte), e não por Grã-Bretanha (que inclui apenas os primeiros três). São dependências britânicas: Guernsey; Jersey; e Ilha de Man.
54. As duas línguas oficiais da República Centro-Africana são o francês e o bango. É preferível o uso da locução “da República Centro-Africana” em todos os casos em que o gentílico “centro-africano” possa ser interpretado, ambiguamente, como referente à região da África central.
55. Nos demais países lusófonos, costuma-se usar com artigo: o Ruanda; do Ruanda; no Ruanda.
56. Usar as seguintes grafias: Adigueia, Anapa, Altai (gentílico: altaico), Buriátia (gentílico: buriata), Cabardino-Balcária, Calmúquia (gentílico: calmuco), Carélia (gentílico: carélio), Chechênia (gentílico: checheno), Daguestão (gentílico: daguestanês), Dubna, Elistá, Leningrado, Mordóvia (gentílico: mordoviano), Moscou (gentílico: moscovita), Murmansk, Nenétsia, Omsk, Oremburgo, Ossétia do Norte-Alânia, Samara, São Petersburgo (gentílico: petersburguês), Tartaristão, Tula,Udmúrtia, Ufá, Urais, Vladimir, Vladivostok, Volgogrado.
57. Podem-se usar denominações informais como “a Samoa Independente” ou “a antiga Samoa Ocidental”, de modo a evitar confusão com a vizinha Samoa Americana, território dos EUA. O nome da capital, Apia, tem como vogal tônica o “i”.
58. A língua é o somali. É preferível o uso de “somaliano” como gentílico, especialmente quando possível a confusão entre adjetivo pátrio e o nome da etnia somali – cuja presença não se limita ao território da atual Somália. Caso necessário referir-se ao ente político constituído no noroeste do país, cuja declaração de independência não é reconhecida por nenhum país membro da ONU, usar expressões como “a autoproclamada República da Somalilândia”.
59. As duas línguas oficiais do país são o cingalês e o tâmil, que são também os nomes das duas principais etnias sri-lankesas. A sede dos Poderes Executivo e Judiciário é Colombo. Oficialmente, porém, a capital sri-lankesa é a cidade de Sri Jayawardenapura Kotte, comumente chamada apenas Kotte. Vizinha e integrada a Colombo, Kotte sedia o legislativo sri-lankês.
60. Mbabane é a capital administrativa; Lobamba é a “capital legislativa e cerimonial”.
61. As quatro línguas oficiais da Suíça são o alemão, o francês, o italiano e o romanche. Usar em português os seguintes topônimos: Basileia, Berna, Friburgo, Genebra, Grisões, Lucerna, Ticino e Zurique, além das segundas partes de Appenzell Exterior e Appenzell Interior. Usar, nos demais casos, a forma local: Aargau; Baden; Bellinzona; Graubünden; Jura; Neuchâtel; Nidwalden; Obwalden; Sankt Gallen; Schaffhausen; Schwyz; Solothurn; Thun; Thurgau; Uri; Vaud; Zug; etc. Para o cantão bilíngue de Valais/Wallis, pode-se usar a forma Valais.
62. Em 1996, o governo tanzaniano transferiu a capital do país de Dar es Salaam para Dodoma. Muitas instituições governamentais, porém, continuam em Dar es Salaam.
63. O nome do país não admite artigo em português: “República de Timor-Leste”, “em Timor-Leste”, “missão a Timor-Leste”, “governo de Timor-Leste”.
64. Funafuti, a capital tuvaluana, é um atol, composto por várias ilhas e ilhotas. Fongafale é a maior ilha do atol.
65. Com exceção de Odessa e Kiev (que devem ser usadas nessas grafias, consagradas em português), usar, nos demais casos, a romanização ucraniana para os nomes de cidades: Chernobyl, Donetsk, Luhansk, Sumy, Lviv, etc. Gentílico de Kiev: kievense.
66. Gentílico de Montevidéu: montevideano. Os únicos topônimos uruguaios que admitem aportuguesamento são o nome da capital e Colônia do Sacramento. Nos demais casos, use as formas em espanhol: Chuy; Río Branco; Rivera; etc.
67. As três línguas oficiais de Vanuatu são o bislamá (que é também a “língua nacional” vanuatuense), o francês e o inglês.
68. O Estado da Cidade do Vaticano e a Santa Sé têm personalidades próprias e distintas; o Vaticano é um país – o menor do mundo – e, mais especificamente, uma cidade-estado, como o são Singapura e Mônaco. A Santa Sé, por sua vez, não é um estado, mas tem personalidade jurídica própria, inclusive anterior à da fundação do Estado da Cidade do Vaticano. Na atualidade, porém, os dois entes se confundem e os nomes “Santa Sé” e “Vaticano” são frequentemente usados indistintamente como sinônimos.