Reduções, abreviaturas e siglas

De Manual de Redação - FUNAG
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(Manual de Redação do Itamaraty)


Siglas são formadas pelas letras iniciais de outras palavras. Quando uma sigla pode ser lida como uma nova palavra, e não necessariamente letra a letra, pode ser chamada também de acrônimo. Como exemplo: UNESCO e ACNUR são acrônimos, ao passo que IBGE e CNPJ não o são.

Recomenda-se que não se usem pontos entre as letras de uma sigla: escreva-se, assim, “ONU”, e não "O.N.U." – à diferença das abreviaturas, em que o ponto é obrigatório: “pág.”, “etc.”.

Siglas e acrônimos devem ser usados com parcimônia, apenas quando absolutamente necessário. Só faz sentido usar uma sigla que não seja de conhecimento geral quando o nome a que ela se refere tenha de ser repetido muitas vezes ao longo de um mesmo texto, e o nome a que se refere seja demasiado longo – mas não há razão, por exemplo, para se usar a sigla “UE” em vez de “União Europeia”, ou formas abreviadas de nomes de ministérios, como “MinC”, “MC” e “MAPA”, em uma nota de imprensa ou uma informação para o Senado.

Podem ser usadas sem ressalvas (e mesmo sem estar acompanhadas de sua explicação) aquelas siglas já de conhecimento geral, mais usadas que o próprio nome completo a que se referiam originalmente: HIV/AIDS, Petrobras, Varig.

A maior parte da imprensa brasileira escreve com apenas a inicial maiúscula (e as demais letras minúsculas) todo e qualquer acrônimo (isto é, as siglas que podem ser lidas como palavras) que tenha quatro letras ou mais: *Opep; *Otan; *Acnur; *Psol. Essa opção, feita por alguns jornais e revistas por questões de espaçamento, é arbitrária e não tem amparo em regra ortográfica ou gramatical.

De modo geral, deverão ser usadas as grafias adotadas pelas próprias instituições, havendo inclusive casos em que a escrita oficial da sigla alterna, por diferentes razões, letras maiúsculas e minúsculas: ALCA; Caricom; CNPq; Eletrobras, Incra; Inmetro; IRBr (Instituto Rio Branco); MERCOSUL; MoMA; ONU; OPEP; OTAN; PCdoB; PSOL; Sudene; UFSCar; UnB; UNESCO.

Siglas podem receber plural, marcado por um “s” minúsculo: "PMs visitaram cinco UPPs cariocas no sábado." Nunca se usará, nesses casos, o apóstrofo. Algumas siglas rejeitam a marca do plural, por seu significado já incluir, opcionalmente, o plural: Os PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa) (embora também se possa dizer “um PALOP”). Quando a sigla termina em “S”, também é praxe dispensar-se o “s” minúsculo que marcaria o plural.

Nomes de políticos deverão ser acompanhados da sigla do partido ao qual pertençam na primeira menção do nome. A sigla partidária deverá ser indicada entre parênteses, separada com barra da sigla de seu estado: O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB/SC).